Muito tem se falado sobre o autismo nos últimos tempos. E na mesma proporção, muitas dúvidas têm surgido sobre o assunto. Se você faz parte desse grupo, precisa saber inicialmente que abril é considerado o mês “azul”, cor essa escolhida para simbolicamente dar maior visibilidade ao tema.
O autismo é considerado um transtorno que possui diferentes níveis e tipos e que engloba, conforme dados das Nações Unidas, um número superior a 70 milhões de pessoas em todo o mundo.
A cada ano, o 2 de abril chega como a dia escolhido para que a população volte com ainda mais força as suas atenções para o assunto. Por isso, foi criado nessa data o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, de maneira que as pessoas se informem mais sobre o tema.
Mas afinal, o que é autismo? Se essa é uma pergunta para a qual você não tem resposta, nós iremos ajudar nesse sentido. Porém, primeiramente, é importante fazer saber que o diagnóstico para esse distúrbio, chamado cientificamente como Transtorno do Espectro Autista, o TEA, já costuma ocorrer durante a infância e nas primeiras manifestações de desenvolvimento da criança. De acordo com os dados divulgados pelo Centro de Controle e de Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, o CDC, pelo menos uma criança a cada 59 possui algum tipo de TEA. Todavia, apesar de toda a informação existente sobre o assunto, ainda é muito comum que surjam alguns preconceitos e estigmas por parte da comunidade e, inclusive, dos próprios pais.
O TEA é caracterizado pela condição em que o ser humano possui uma dificuldade em interagir com o meio social e de se comunicar. Como já foi falado anteriormente, não existe um único tipo de autismo, mas sim várias nuances. Por isso, é possível perceber que cada indivíduo apresenta os seus próprios desafios nesse sentido.
Não há a possibilidade de identificar uma única causa para o autismo. Esse pode ser ocasionado, por esse motivo, por diversos fatores isolados ou combinados.Porém, é correto especular que esse venha da influência genética ou pela própria interação de genes com o ambiente, como é o caso das infecções que ocorrem durante o pré-natal.
Entre alguns fatores de risco para o desenvolvimento do autismo estão: uso de alguns remédios durante a gravidez, ter parentes que tenham o transtorno, baixo peso no nascimento, pais mais velhos e condições genéticas como a Síndrome do X Frágil. Algumas pessoas também relacionam a vacinação com o desenvolvimento do transtorno. Porém, não há qualquer abordagem científica que comprove tal fato, sendo essa razão descartada.
Para o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, os mais afetados pelo autismo são os meninos. Assim, um dado levantado pela pesquisa trouxe à tona um dado muito importante de que o espectro do autismo chega a quatro meninos para cada menina. Porém, apesar da informação ser fundamental, é importante destacar que o transtorno não escolhe especificamente um gênero e, muito menos, classe social e etnia. Por isso, é importante o acompanhamento necessário de um profissional assim que levantadas as suspeitas.
Como principais sintomas do autismo pode-se destacar as alterações na linguagem, fala, comportamento e socialização. Assim, o autista possui maior dificuldade em se comunicar com outras pessoas e de falar de seus próprios sentimentos ou entender os do próximo, levando ao seu isolamento.
Ainda, são sintomas: os padrões repetitivos e restritivos de comportamento; dificuldades relacionadas à adaptação a uma mudança na rotina; falta de interesse em outras pessoas; dificuldade de fazer contato visual ou de atender ao seu chamado; e as reações incomuns a percepções sensoriais ou a cheiros.
Por fim, é importante destacar que alguns indivíduos com TEA focam bastante a sua atenção em detalhes que passam despercebidos para a maioria das pessoas. Com isso, é nítido afirmar que esses se desenvolvem extremamente bem nas áreas que lhe são de maior interesse.
Não há um único tratamento para o autismo, sendo cada caso considerado isoladamente e variando de indivíduo para indivíduo, dependendo sempre do transtorno que é apresentado. De uma maneira geral, cada paciente passa por um acompanhamento profissional de um fonoaudiólogo, psicólogo e terapeuta ocupacional. Não há um remédio para a “cura” do autismo. Porém, é possível que sejam prescritos alguns medicamentos que ajudem a amenizar alguns sintomas do transtorno, como é o caso da inquietação e da insônia. Por isso, há necessidade de um diagnóstico precoce sobre o assunto. De tal forma, é possível que toda a família faça parte do processo de adaptação a esse novo cotidiano que, apesar das dificuldades, reforça os laços de amor e de união.
Kellen Kunz
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