Nos tempos dos nossos avós era muito comum uma vez por ano dar vermífugos para as crianças. Esse procedimento era quase uma regra, pois o desenvolvimento das crianças era muito associado à presença de vermes no organismo. Porém, de umas décadas para cá esse conceito de vermifugação anual acabou sendo descartado. Com isso criou-se uma grande discussão entre pais e médicos em geral. Gerando assim uma grande dúvida: É necessário tomar vermífugos de ano em ano? Quer saber a resposta? Continue lendo este atigo e acabe de vez com essa dúvida que assombra não somente pais como também adultos.
É fato. Há um grande número de pessoas que pensam ser importante tomar todos os anos o remédio contra vermes, chamado pelos antigos de lombrigueiro. No entanto, os médicos não aconselham esse tratamento de forma periódica. Pelo menos para a maioria da população, mas somente em comunidades e lugares em que as pessoas estão mais sujeitas a se contaminarem com alguns tipos de vermes.
De acordo com a OMS, que é a Organização Mundial de Saúde, é recomendado que se faça o tratamento periódico em crianças e também adultos quando estes estevirem expostos a um maior risco de parasitoses por estarem convivendo em lugares e que exista uma prevalência maior. Neste grupo estão incluídos crianças com idade entre 1 e 14 anos e adultos que sejam trabalhadoes que possuam riscos ocupacionais como por exemplo mineradores e trabalhadores do campo.
Em áreas em que a prevalência de parasitas seja superior a 20% é necessário que o vermífugo seja tomado periodicamente, uma vez por ano. Agora, nos lugares cuja prevalência seja de 50%, as pessoas que ali vivem devem tomar vermífugos a cada período de 6 meses.
Fala-se muito em parasitas e vermes, mas a maioria das pessoas não sabem o que esses minúsculos bichinhos podem causar no organismo humano. Pois bem, no Brasil a maior ocorrência de vermes está relacionada às parasitoses no intestino, que são bastante prevalentes. As pesquisas apontam que 34% da população é atingida por esses parasitas, sendo que estas pessoas vivem em regiões mais carentes, com precárias condições de higiene, sem saneamento básico. As pesquisas também comprovam que quanto piores forem as condções de saneamento, quanto menor for a renda familiar e menor o grau de escolaridade das pessoas de uma comunidade, maior deve ser a ocorrência de infestações por parasitas.
São classificadas com infestações mais comuns as de giardíase, ancilostomíase, ascaridíase, tricuríase,estrongiloidiase, enterobíase e amebíase. Contudo, não podemos afirmar que todos os parasitas são geradores de doenças e assim não podem ser considerados patogênicos. Endolimax Nana e Entamoeba Coli são parasitas que são bastante encontrados em exames parasitológicos das fezes, porém, habitualmente não são causadores de doenças.
Os especialistas afirmam que há muitas variações no quadro clínico de pessoas contamindas com vermes. É dessa forma, é possível que o paciente apresente uma infestação de parasitas sem apresentar sintomas comuns para estes casos como prurido anal, perda de apetite, fadiga, náuseas, irritabilidade, vômitos, dor abdominal que pode ser como um leve desconforto ou cólicas mais intensas, distensão abdominal e também diarreia. Há também sintomais mais graves como anemia, desnutrição, sintomas respiratórios e até mesmo em casos mais graves, a morte.
Para se prevenir é bem simples. Basta adotar algumas medidas de higiene, como só consumir água filtrada, tratada ou fervida, lavar as mãos sempre que usar o banheiro, Não estar descalço em locais com chances de haverem parasitas, lavar bem os alimentos como legumes, frutas e verduras, manter o lixo afastado e coberto e cozinhar bem os alimentos, inclusive as carnes.
E antes de pensar em tomar um vermífugo por conta própria, faça um exame de fezes e apresente o resultado num médico. Este sim, caso haja necessidade, irá lhe indicar o vermífugo ideal. Não se automedique.
Sirlene
Para fornecer as melhores experiências, usamos tecnologias como cookies para armazenar e/ou acessar informações do dispositivo. Não consentir ou retirar o consentimento pode afetar negativamente certos recursos e funções.
Política de Cookies
Quer deixar um comentário?