De acordo com dados publicados pelo Atlas da Diabetes de 2019, 46% dos brasileiros que possuem diabetes não tem noção do diagnóstico da doença. Os dados da Federação Internacional de Diabetes apontam que esses 46% correspondem a 7,7 milhões de brasileiros adultos.
A atualização da informação coloca o Brasil em sexto lugar no mundo em lugares que ainda existem problemas com o diagnóstico da doença, fator que preocupa todo o corpo médico do país e as autoridades competentes, por ser uma doença silenciosa, esses dados podem causar sérios riscos a essas pessoas que não sabem da doença.
A doença existe há mais de 100 anos, mas com o passar do tempo o tratamento foi evoluindo e atingindo níveis mais satisfatórios. Até 2000, existiam no Brasil apenas 03 soluções farmacológicas para o tratamento do diabetes, hoje existem mais de 40. Número animadores para quem tem a doença e faz o tratamento para controlar.
É importante frisar que o diabetes é uma doença crônica, ou seja, não tem cura. O que o tratamento faz é controlar os níveis glicêmicos do paciente e proporcionar uma melhor qualidade de vida, fazendo o indivíduo viver bem mais e melhor. Existem dois tipo de diabetes e vamos explicar cada uma delas abaixo.
O tipo 1 da doença é autoimune, ou seja, quando o nosso próprio organismo ataca células saudáveis do nosso corpo, é normal que o diagnóstico seja encontrado mais em crianças e adolescentes, mas não isentam os adultos.
No tipo 2 é quando o corpo apresenta dificuldades de lidar com a insulina dentro do organismo, ou pode não conseguir administrar a taxa de glicose do corpo, quando há em excesso, uma causa comum dessa doença é a obesidade. Ao contrário do tipo 1, o diabetes tipo 2 é mais usual em adultos, mas também pode ser diagnosticado em crianças e adolescentes.
Ambos os tipos do diabetes podem ser identificados com o mesmo exame, o teste glicêmico, que mede a quantidade de açúcar no sangue, o exame é feito em jejum e pode ser realizado em qualquer posto de saúde, ou até mesmo em casa, com o glicosímetro, aparelho que faz o exame.
Os números indicativos de uma pessoa que não tem diabetes é que o resultado seja entre 65 e 99 mg/dL. Quando os números ficam entre 100 e 125, é um estado de alerta, chamado de pré-diabetes, esse indivíduo tem uma grande probabilidade de evoluir a um caso de diabetes e por isso deve iniciar medidas preventivas imediatamente.
Quando o número for maior que 125 miligramas de glicose por decilitro de sangue o paciente poderá ser diagnosticado com diabetes, tendo que ser submetido a mais alguns exames para confirmação da doença.
Os sintomas do diabetes podem associados a diversas outras doenças, por isso é imprescindível que o indivíduo sempre esteja atento ao seu nível de glicose, mas os principais sintomas são:
Caso você apresente essa combinação de sintomas ou a maioria deles, procure um médico e faça os exames necessários, certificando-se do diagnóstico ou não da doença.
É um ponto que varia de acordo com a gravidade em que a doença se apresenta no paciente, mas é possível que o tratamento seja feito de diversas formas, e em alguns casos onde a doença é mais branda, não é necessário o uso de remédios e insulina, apenas uma reeducação alimentar e atividades físicas são o suficiente para regularizar o quadro do paciente.
4 pilares de tratamento
Os 04 pilares identificados no tratamento da diabetes são: educação em diabetes, atividade física regular, reeducação alimentar e manutenção do tratamento médico.
Educação em diabetes: é o primeiro passo para um tratamento bom e eficiente da doença, é quando o paciente identifica a doença junto com o seu médico e entende como a patologia age no seu organismo. E também ter conhecimento de processos importantes no tratamento da doença, como o combate contra a doença, medidas essenciais no processo, entre outros.
Atividade física regular: uma medida preventiva e ativa no tratamento de diversas doenças, não só do diabetes, mas é um ponto importantíssimo que auxilia na manutenção da doença dentro do organismo. A atividade física fará o corpo quebrar mais partículas de glicose e ajudar o organismo a expulsar o excesso de açúcar do sangue através de urina, por exemplo. E ainda ajudam no processo de emagrecimento do paciente, essencial em casos de obesidade.
Reeducação alimentar: é normal que associem o diabetes diretamente à ingestão de açúcar, mas é claro que não é só isso que causa a doença, ainda mais porque o açúcar é encontrado em diversos alimentos, não apenas em uma barra de chocolate, como a maiorias das pessoas acreditam. A reeducação alimentar auxilia o corpo no tratamento do diabetes, diminuindo a ingestão de alimentos ricos em frutose e levando uma dieta rica em verduras, legumes e alimentos naturais.
Manutenção do tratamento médico: basicamente é o acompanhamento periódico do paciente, realizando exames 03 vezes ao ano e certificando-se que o tratamento está indo pelo caminho certo. Dessa forma, o médico pode indicar os melhores passos para a sucessão do tratamento, adicionando remédios e fazendo um diagnóstico personalizado de acordo com o caso do paciente.
O diabetes é uma doença silenciosa que pode começar a fazer “barulho” em um estágio mais avançando, quando o diagnóstico não é mais precoce. As principais complicações que a doença traz caso não seja tratada são:
É normal que os médicos apontem que após algum tempo de tratamento e normalização dos sintomas, os pacientes abandonem o tratamento do diabetes, NÃO faça isso! É de extrema importância que o paciente saiba que é uma doença que não tem cura e deve ser tratada pelo resto da vida, por não apresentar sintomas tão fortes, é possível que aconteça algum tipo de complicação para o paciente voltar ao tratamento. Por isso, após a descoberta da doença, adote medidas pelo resto da vida e não deixe de acompanhar o seu médico.
O diabetes pode levar a óbito, porém, com um tratamento eficaz e duradouro, o indivíduo pode ter uma qualidade de vida incrível e viver a vida toda com a doença.
Breno Antonio Paciência
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