Um novo medicamento que foi aprovado em tempo recorde passa trazer mais esperança a pacientes que sofrem com um tipo de tumor que ainda não tinha tratamento disponível. A droga pode ser administrada através de uma infusão intravenosa.
O Sarcoma de Partes Moles trata-se de um tipo de tumor considerado raro, mas que mesmo assim provoca, só nos Estados Unidos, por exemplo, algo em torno de 5 mil mortes por ano. Por enquanto no Brasil ainda faltam dados apurados sobre a incidência dele.
Conforme informação do oncologista Rodrigo Munhoz do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, até o momento não existiam drogas específicas para o combate ao tumor, mas a espera está bem perto de acabar.
A droga da farmacêutica Eli Lilly, que é chamada Olaratumabe, foi liberada recentemente pelas agências regulatórias tanto dos Estados Unidos quanto da Europa.
Os resultados prévios foram tão satisfatórios que o remédio ganhou o selo de terapia inovadora, além de ter o processo de aprovação adiantado, tendo em vista que foi constatado se tratar de um remédio que poderá beneficiar um número expressivo de pacientes acometidos do câncer de partes moles.
O Olaratumabe faz parte da classe das terapias chamadas “terapias alvo”, que utilizam-se de drogas que agem similarmente a um míssil teleguiado, ou seja, atacam com assertividade uma parte mais específica do câncer, interferindo em uma proteína chamada PDGFR- alfa, a qual é diretamente envolvida no crescimento do tumor.
A nova droga agora passará a fazer parte da primeira opção de tratamento, juntamente com a quimioterapia utilizada no sarcoma de partes moles com metástase. A chegada do remédio ao Brasil está prevista apenas para o ano de 2018 ou 2019, mas já pode ser comemorada, pois é um avanço necessário e eficaz.
A experiência feita antes da aprovação do remédio contou com a participação de 133 voluntários divididos em 2 grupos. O primeiro grupo fez um tratamento com a nova droga e quimioterapia, o segundo somente com quimioterapia. Os resultados indicaram uma sobrevida maior nos pacientes do primeiro grupo, que obtiveram uma média de sobrevida de 11,8 meses, o que não foi atingido pelos pacientes do segundo grupo.
Por Silvano Andriotti
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