O mal de Alzheimer é conhecido por prejudicar a parte do cérebro que cuida da memória recente, aquela de curto prazo. Segundo um novo estudo realizado no Brasil, a cura para alguns dos seus sintomas pode estar na folha de pitangueira.
De acordo com os dados publicados, o uso da folha de pitangueira pode ajudar a combater tanto os sintomas, como a própria doença em si, que atinge mais de 35 milhões de pessoas em todo o mundo.
O estudo foi desenvolvido por pesquisadores na área de mestrado e doutorado em Biotecnologia, da Universidade Positivo. Os dados comprovaram que as folhas da planta presente e dominante em área de Mata Atlântica, possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, que podem ter propriedades curativas.
Além dessas propriedades, a folha de pitangueira também apresentou uma substância chamada de neuroprotetor, responsável por preservar e evitar perdas na memória. A principal função desse neuroprotetor é de preservar os neurônios em momentos de surtos provocados pelo Alzheimer. Quanto mais substâncias que ajudam a proteger os neurônios, melhor é a prevenção contra a doença.
O estudo foi realizado através de testes, onde foram usados ratos de laboratórios, de acordo com o COBEA (Colégio Brasileiro de Experimentação Animal), e com aprovação do Comitê de Ética Animal da própria instituição. Os alunos junto dos professores foram os responsáveis por conectar os benefícios da planta, ao efeito neuroprotetor.
Foram usados 4 grupos de roedores, um deles recebeu a substância que causa os sintomas do Alzheimer, outros 2 grupos também receberam essa mesma substância, mas tiveram o tratamento realizado durante 30 dias, para avaliar as possibilidades em 2 doses diferentes. Enquanto que o último grupo servia para controle, onde os pesquisadores conseguiam comprar todos os que não haviam recebido nenhuma substância, com os demais em tratamento.
Depois do período de testes, os ratos passaram por testes de memória, que eram realizados em labirintos. Segundo um dos pesquisadores, existem características comuns desses animais, que normalmente buscam abrigos e lugar para se esconder quando entram em ambientes fechados ou abertos.
A primeira vez que os animais foram liberados no labirinto, a primeira intenção deles foi de exploração, em busca de um local fechado para se esconder. Na segunda e na terceira vez, os animais passaram mais tempo dentro do labirinto, e pela quarta vez, os roedores só quiseram ficar onde era mais fechado.
Isso remete a um indicativo de memória, chamado de “memória episódica”. Onde o animal só retém a informação de que já esteve ali antes, em local aberto, mas que ele não gosta dali. Enquanto isso, o grupo dos ratos que tinha a memória saudável, permanecera nos locais fechados. Tal comportamento também foi comum nos animais tratados com o extrato da folha de pitangueira, comparado ao grupo controle, tiveram o mesmo comportamento.
Os efeitos analisados para a preservação dos sintomas do Alzheimer nos animais que receberam o tratamento com a planta, foram positivos a curto prazo. Porém, os cientistas ainda acreditam que novos estudos possam ser desenvolvidos com mais animais, e por períodos mais longos para avaliar qual a real e específica eficácia da planta contra o mal de Alzheimer.
Esse foi o primeiro passo, para buscar ajudar aqueles que sofrem com a perda da memória recente. Através do estudo foi possível analisar que o neuroprotetor presente na folha de pitangueira funciona, só é preciso entender melhor qual a origem real desse efeito que pode causar uma enorme mudança na maneira de tratar e prevenir a doença de Alzheimer.
Por Susan NogArt
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